Ontem assisti a um filme que me fez pensar na vida, no nosso dia a dia. Nos erros que cometemos e naquilo que deixamos de fazer.O filme em questão era: "ANTES QUE TERMINE O DIA". Já tinha assistido há um tempo atrás..A princípio é mais um filme água com açúcar, do tipo que muitos torcem o nariz..O filme é um balde de gelo (não digo nem de água) que nos jogam para nos acordar em relação à vida que levamos diariamente. Nos mostra aquilo que não percebemos. As atitudes que tomamos e não nos damos conta. As prioridades que determinamos em nossas vidas. O que você faria se tivesse a oportunidade de ver tudo o que está fazendo de errado? Consertaria? Tentaria acertar? Pediria desculpas? Voltaria atrás? A verdade é que podemos fazer isso. Nós temos a oportunidade de ver os nossos erros e tentar não cometê-los, para isso bastaria que parássemos de olhar apenas para o nosso umbigo. Tentar enxergar a vida com uma visão mais ampla. Não nos focarmos apenas no nosso “eu" e sim no mundo que está ao nosso redor. Nas atitudes que tomamos, nas nossas decisões, naqueles que nos cercam. Outra questão é viver plenamente cada instante, pois não sabemos o que poderá acontecer amanhã ou daqui a poucas horas. Quantas coisas deixamos de dizer ou de fazer por achar que teremos todo o tempo para isso, não é mesmo? Às vezes podemos viver um dia tão espetacular que ele pode ser o momento mais marcante de uma vida inteira. Ou podemos viver uma vida sem emoção até o nosso último dia aqui na terra. Por que deixar para depois algo como dizer “Eu te amo” para aquela pessoa que você realmente ama, seja ela um namorado (a), filho (a), mãe, pai, irmãos, amigos? Mas não o "Eu te amo" da boca pra fora, só por ser uma frase bonita, isso só banaliza o momento, faz com que não tenha sentido. Hoje estou pensando na minha vida e vendo a quantidade de atitudes erradas que venho tomando. Sou muito transparente em minhas convicções e opiniões e, não tenho problema nenhum em apontar meus defeitos e um deles é (infelizmente) guardar mágoa de algumas pessoas. Ela acaba nascendo quando algo que eu esperava não acontece ou algo que eu queria muito não se concretiza. Às vezes não consigo lidar com o fato de não conseguir o que desejo e reservo um espaço muito grande em minha mente para isso, e esse sentimento acaba crescendo. Às vezes, até ganha uma importância muito maior do que o fato em si. Pra dizer a verdade já me decepcionei muito com algumas pessoas, sei que dificilmente alguém passa pela existência sem sofrer uma desilusão, ou ter alguma surpresa desagradável em algum momento da caminhada. Não querendo ser teatral e, já sendo, posso dizer que o sabor de uma decepção é amargo e traz consigo um punhal invisível que dilacera as fibras mais sutis da alma. E isso acontece porque nós só nos decepcionamos com as pessoas em quem investimos nossos mais puros sentimentos de confiança e amor. Pode ser um amigo, a quem entregamos o coração e que de um momento para outro passa a ter um comportamento diferente, duvidando da nossa sinceridade, do nosso afeto, da nossa dedicação, da nossa lealdade. Também pode ser a alma que elegemos para compartilhar conosco a vida, e que um dia chega e nos diz que o amor acabou que já não fazemos mais parte da sua história, que outra pessoa agora ocupa o nosso lugar. Enfim; só os nossos amores são capazes de nos ferir com a espada da decepção, pois os estranhos não têm esse trágico poder, já que seus atos não nos causam nenhuma impressão. Por isso, acho que vale a pena algumas reflexões a esse respeito para que não nos deixemos atingir pela cruel espada da desilusão. Para tanto, podemos começar levando em conta que, assim como nós, nossos amores também não são perfeitos. E que, geralmente, não nos prometem santidade ou eterna fidelidade. Nunca nos disseram que serão eternamente a mesma pessoa e que jamais nos causariam decepções. Nós é que queremos que sejam como os idealizamos. E é aí que nos iludimos. Mas só se desilude quem está iludido e, algumas vezes estamos mesmo. É importante que pensemos bem a esse respeito, “vacinando” nossa alma com o antídoto do entendimento. É importante que usemos sempre o escudo do perdão para impedir que os atos infelizes dos outros nos causem tanto sofrimento. Importante, ainda, que façamos uso dos óculos da lucidez, que nos permitem ver os fatos em sua real dimensão e importância, evitando dores exageradas. Na maioria das vezes a ilusão nos embaça a visão, distorcendo as imagens e os fatos que estão a nossa frente. E a decepção nada mais é do que perceber que se estava iludido, enganado sobre algo ou alguém. Assim, se você está amargando a dor de uma desilusão como eu amargo algumas.. Passe a gostar das pessoas como elas são e não como você gostaria que elas fossem. Considere que você também já deve ter ferido alguém com o punhal da decepção, mesmo não tendo a intenção, e talvez sem se dar conta disso. Por todas essas razões, pense um pouco mais e espante essa tristeza do olhar. Enxugue as lágrimas e siga em frente. Sem ilusões. Vou realmente puxar para mim as lições que este filme tentou passar. Não é fácil admitir nossos erros, nossas atitudes erradas diante da vida e das pessoas. No filme o personagem teve a oportunidade de mudar, de reverter à situação e até morrer pelo seu amor. Mas e nós que somos apenas protagonistas da nossa vida, o que podemos fazer? Não teremos a oportunidade de dormir e acordar no dia anterior a uma besteira que teríamos feito e reverter, mas podemos mudar nossas atitudes e assim fazer um "recomeço". Na verdade, estamos todos aqui tendo uma nova oportunidade de reverter situações vividas no passado. Mas por que esperar uma vida inteira se podemos começar a fazer isso hoje, agora? Por que sermos tão egoístas se a vida se torna muito melhor quando podemos compartilhar amor, alegria, medos, incertezas? Temos que aprender a valorizar aqueles que estão ao nosso lado e não ficar criando expectativas em relação àquelas pessoas que não se importam conosco.
MUDANÇA DE ATITUDES, JÁ!
Sei que é meio complicado modificar certas atitudes e, como sei. Mas como seria bom a prática ser tão simples quanto à teoria não é verdade?
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